domingo, 31 de julho de 2011

O PREPARO PRÉ-BATISMAL

A NECESSIDADE DO PREPARO PRÉ-BATISMAL

Alguns pregadores acreditam que, para, uma pessoa ser batizada é necessário apenas aceitar a Jesus como seu Salvador. Buscam apoio em Mateus 28:19,20. Dizem que a ordem bíblica dessa comissão evangélica é:

Fazer discípulo.
Batizar.
Ensinar.


Enfatizando esta ordem acreditam que, o ensino doutrinário antes do Batismo não é tão importante.


ENTENDENDO MATEUS 28:19,20

“Fazei discípulos” (v19). A palavra original é matheteúsate = aprendiz, aluno, discípulo. Essa palavra vem do verbo manthano = ensinar, instruir.

“Ensinando-os” (v20). A Palavra original é didáscontes que significa ensino, não se restringe apenas ao período pós-batismal, mas deve começar antes do batismo.

O têxto de Marcos 16:15,16, nos ajuda a entender que o ensino deve anteceder o batismo. Jesus disse: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado”. A PREGAÇÃO E O CRER VEM ANTES DO BATISMO.

Russell N. Champlin, em seu "O novo Testamento Interpretado Versículo por Vesículo", 1:654 explica que a expressão “fazer discípulos” significa em primeiro lugar “a necessidade do evangelismo ou da pregação do evangelho; e também subentende um exercício de treinamento e orientação, de forma que esses discípulos sejam mais bem firmados e intruídos na plenitude da mensagem das Escrituras Sagradas”.

O Seventh-day Adventist Bible Comentary 5:557 afirma que “A instrução é de vital importância antes e depois do batismo".


OUTROS ARGUMENTOS USADOS POR ELES

Outro argumento usado por aqueles que buscam nas Escrituras endosso à teoria de que a pessoa precisa somente aceitar a Cristo como o seu Salvador pessoal antes do batismo é extraído da leitura descontextualizada de algumas narrativas de batismos no Novo Testamento.

Um exemplo é Atos 2:41, que afirma que “quase três mil pessoas” se batizaram num só dia, depois de ouvir apenas um sermão de Pedro. Dizem que esses batizandos não tinham recebido preparação doutrinária alguma; apenas aceitaram a Jesus Cristo como o Messias e Salvador pessoal.

Outros exêmplos incluem a experiência do Eunuco que, após receber um único estudo bíblico de Filipe, foi batizado (At 8:26-40), e do carcereiro de Filipos que, depois de ouvir um só hino por Paulo e Silas na prisão, entregou-se a Cristo e batizou-se (At 16:16-34).


ENTENDENDO OS TEXTOS

Uma análise atenta dos têxtos, revela que, com exceção do carcereiro de Filipos, as pessoas referidas nestas passagens (At 8:26-40; At 2:41) eram judias, por nascimento ou por conversão ( como é o caso do eunuco etíope de Atos 8:26-40), e praticavam a ética do judaismo, restando-lhes apenas aceitar a Jesus como Salvador pessoal.

Em relação ao Pentecostes, sabe-se que esta era uma festa anual em que apenas judeus participavam. O auditório naquela ocasião era composto pelos judeus que habitavam na Palestina e os da diáspora (palavra grega que significa dispersão = judeus espalhados pelo mundo não-judáico Jo7:35).

Estavam presentes também os “prosélitos” (gentios que haviam se convertido ao judaísmo.

Em relação ao batismo do carcereiro de Filipos, observa-se que foi precedido pela crença em Jesus como o Senhor (At 16:31), e pela pregação da Palavra do Senhor pelos apóstolos (At 16:32).

No contexto dos dias do carcereiro, onde os césares romanos julgavam-se senhores absolutos do império, reconhecer que Jesus era o Senhor, implicava em risco de vida.

Em virtude disto, o apótolo Paulo afirma em I Cor. 12:3, que “ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor! senão pelo Espírito Santo”. E ainda em Rom. 10:9 “Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressucitou dentre os mortos, será salvo”.

SDABC 6:334 afirma: “Após terem dado uma reposta curta á pergunta urgente do carcereiro, os apóstolos agora explicaram a mensagem cristã em maiores detalhes”.

Entretanto, “está claro que a instrução dada por Paulo e Silas foi resumida. Ela foi recebida de todo o coração pelos membros da casa do carcereiro, e levou-os a desejar e a receber o batismo”. (SDABC 6:334).

Este pode ser o procedimento em circunstâncias emergenciais, como a do ladrão na cruz e a do carcereiro, mas não deve ser a prática a ser seguida em circunstâncias normais nas quais haja oportunidade para um preparo mais detido dos candidatos ao batismo, como foi no caso do trabalho de Paulo em Éfeso, onde ele levou dois anos para evangelizar aquele povo (At 19:10).

E.G.White declara: “A aquisição de membros que não foram renovados no coração e reformados na vida é uma fonte de fraqueza para a igreja” (Testimonies for the Church, 5:172; Evangelismo, 308).

A alegação de que é possível aceitar a Cristo antes do batismo sem a aceitação dos Seus ensinos, é um conceito dicotômico artificial e destituido de base bíblica.

O apóstolo Paulo, falando sobre a necessidade da conversão ser acompanhada do ensino, disse: “porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?” (Rom. 10:13,14).

No momento em que a pessoa aceita a Cristo, ela deseja conhecer e praticar os Seus ensinos, como disse Martyn Lloyd Jones: “a idéia de que é possível evangelizar, deixando de lado as questões de doutrinas, é o cúmulo da loucura”.


SEQUÊNCIA TEMÁTICA DE UM ESTUDO BÍBLICO

Conversão
Doutrinação
Estilo de Vida

As Escrituras Sagradas dão base para esta sequência. Estes três aspectos têm elementos doutrinários, mas os temas de conversão enfatizam o relacinamento com Deus, os de doutrinação o aspecto teórico das doutrinas, e os de estilo de vida destacam o aspecto prático das doutrinas com ênfase no comportamento visível do crente.

CONVERSÃO: Relacionamento com Deus.
DOUTRINAÇÃO: Teoria das doutrinas.
ESTILO DE VIDA: Prática das doutrinas.

Ex. Jo. 14:15. “Se me amais guardareis os meus mandamentos”. Nestas palavras, está implícita a necessidade primeiramente da CONVERSÃO (relacionamento com Jesus), da DOUTRINAÇÃO (conhecimento dos Seus ensinos), e do ESTILO DE VIDA (vivência prática dos ensinos de Jesus).

SE ME AMAIS”. Para a pessoa ser salva é preciso um relacinamento de amor com Jesus. “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo 17:3).

GUARDAREIS OS MEUS MANDAMENTOS”. Esta expressão, refere-se primeiramente ao conhecimento doutrinário, pois só se guarda alguma coisa que conheceu.

GUARDAREIS”. Aqui está o Estilo de Vida como consequência natural da conversão e doutrinação. “…Pelos seus frutos os conhecereis. “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras…” (Mt 7:20; 5:16).

Para fundamentar a sequência temática CONVERSÃO, DOUTRINAÃO E ESTILO DE VIDA, o Dr. José Carlos Ramos, Professor de Teologia (Aposentado) no I.A.E. (F.A.T). Apresentou o têxto de Mateus 11:28,29.

Vinde a mim” = “conversão”.
Aprendei de mim” = “doutrinação”.
Tomai de vós o meu jugo” = “estilo de vida ou aceitação ética”.

A necessidade dessa sequência é também confirmada por Ellen G. White. A conversão se destaca dos demais temas, ela afirma que “o tema central da Bíblia, o tema em redor do qual giram todos os outros no livro, é o plano da redenção, a restauração da imagem de Deus na alma humana”. (Ed. 125).

Ellen.G.White, deixa claro que “o primeiro e mais importante aspecto [no ensino das Escrituras] é enternecer e abrandar a alma pela apresentação de nosso Senhor Jesus Cristo como o Salvador que perdoa os pecados”. (Testimonies for the Church, 6:53, 54).

Por outro lado, ela adverte que “muitos unem-se à igreja sem primeiro unirem-se a Cristo. Nisto Satanás triúnfa. Esses conversos são os seus agentes mais eficientes. Servem de laço para outras almas e são luzes falsas atraindo os incautos (fiéis) à perdição”. (Testemunies for the Church, 5:172).

Referindo-se à necessidade de a conversão anteceder a exposição das doutrina aos interessados, Ellen G. White usa dois exemplos específicos: o sábado e o vestuário. Em relação ao sábado, ela afirma:

“Não deveis pensar que tendes o dever de introduzir argumentos sobre o assunto do sábado ao encontrar-vos com as pessoas. Se as pessoas mensionam o assunto, dizei-lhes que não é esse o vosso encargo presente. Mas ao entregarem a Deus o coração, a mente e a vontade, então estão sinceramente preparadas para julgar as provas relacionadas com estas verdades solenes e probantes”. (Ev 228).

Sobre o vestuário ela declara: “Os que buscam corrigir outras pessoas deveriam apresentar os atrativos de Jesus. Deveriam falar de Seu amor e misericórdia, apresentar o Seu exemplo e sacrifício, revelar o Seu espírito, e não precisarão sequer tocar o tema do vestuário. Não há necessidade de fazer do assunto do vestuário o ponto principal de vossa religião. Algo mais valioso há de que falar.

Falai de Cristo, e quando o coração estiver convertido, tudo que não estiver em harmonia com a Palavra de Deus cairá. Arrancar as folhas de uma árvore viva equivale a trabalhar em vão. As folhas reaparecerão. O machado precisa ser posto à raiz da árvore, e então as folhas cairão para não mais volver. A fim de ensinar aos homens e mulheres o nenhum valor das coisas terrestres, deveis encaminhá-los à Fonte viva e levá-los a se abeberarem de Cristo, até que o coração esteja repleto do amor de Deus, e Cristo seja neles uma fonte de água que salta para a vida eterna”. (Ev 272).

Ellen G. White, esclarece que a vivência do estilo de vida também faz parte do preparo batismal, porque é uma consequência natural da conversão a Cristo e da aceitação dos Seus ensinos. (Testimonies for the Church, 6:91, 92).

Umas das afirmações de mais impacto de Ellen G. White a respeito da necessidade do conhecimento e prática da verdade antes do batismo é a seguinte:

“Todos quantos entram na nova vida devem compreender anteriormente a seu batismo que o Senhor requer afeições não divididas. A prática da verdade é essencial. A produção de frutos testifica do caráter da árvore. Uma boa árvore não pode dar maus frutos. A linha de demarcação será clara e distinta entre os que amam a Deus e guardam Seus mandamentos, e os que não O amam e Lhe desrespeitam os preceitos. Há necessidade de uma inteira conversão à verdade” (Ev 308).

Além do apoio bíblico e de Ellen G. White à sequência conversão/doutrinação/estilo de vida, eruditos adventistas têm reconhecido que os estudos bíblicos devem ter esta sequência temática.

Dr. Alberto R. Timm, Reitor do SALT e Professor de Teologia Histórica. Dr. José Carlos Ramos, Professor de Teologia Aposentado pelo SALT e Dr. George R. Knight, Professor de Teologia da Universidade Andrews, Estados Unidos. São uns dos que apoiam esta sequência temática.

Dr. George R. Knight, por exemplo, compara o relacionamento dos três aspectos “conversão/doutrinação/estilo de vida”, com uma roda, onde Cristo é o cubo, ou o centro, as doutrinas são os raios, e o estilo de vida é o aro.


PORQUE A NECESSIDADE DE UMA SÉRIE SOBRE CONVERSÃO?


Por dois motivos:

1. O homem possui uma natureza decaída. (Gn 6:5; Rm 3:23; 7:18; 7:24; I Cor 2:14).

2. O humanismo. O homem é bom em si mesmo. Não precisa de Cristo. “Todas as filosofias da natureza humana têm conduzido à confusão e vergonha quando Deus deixou de ser reconhecido como tudo em todos”. (C.B.V. 465). O humanismo supervaloriza o homem e despreza as doutrinas bíblicas. A Nova Era baseia-se principalmente no princípio panteísta de que o homem é uma parte de Deus,e tem a capacidade natural de, por si mesmo, resolver todos os seus problemas.


O CONTEÚDO DOS ESTUDOS SOBRE CONVERSÃO.

Existem pelo menos 3 grandes tópicos que devem ser abordados em relação ao conteúdo dos estudos sobre conversão:

1. A Natureza do Pecado.Todos os seres humanos são pecadores. Precisam de salvação. (Ef 2:1-5; Rm 7:24; 7:25; 8:1,2; 5:1; Mt 9:12).
2. O Plano da Salvação. É necessário a compreensão do sacrifício substituto de Cristo em lugar do pecador. (Jo 3:16; Ef 2:8,9; Rm 6:23; 3:24; 5:20,21.

3. Aceitação. Tem a ver com a maneira como o interessado se apossa deste plano. (Jo 3:16up; I Jo 5:12). Neste estudo com o interessado, quatro pontos básicos devem ser analizados: 1) Arrependimento; 2) Justificação; 3) Conversão; 4) Santificação.


NECESSIDADE DA DOUTRINAÇÃO

Porque a necessidade da doutrinação? Existem pelos menos 4 realidades que geram a necessidade de estudos doutrinários:

1. O Abandono Histórico da Verdade no Período Pós-Apostólico. (Atuação do Romanismo)

2. As Tendências Filosófico-Religiosas: 1) Existencialismo; 2) Ecumenismo; 3) Secularismo; 4) Espiritualismo.

3. O Mosáico Religioso Contemporâneo. (Milhares de religiões cristãs e não cristãs alegando possuir a verdade confundindo assim as pessoas).

4. Distorções doutrinárias internas na IASD. (Dentre as distorsões que geram a necessidade de sólidos estudos bíblicos, estão: 1) Limitação da presciência divina; 2) Rejeição da doutrina da Trindade; 3) A ênfase na justificação pela fé apenas forense; 4) A alegorização do Santuário; 5) As infiltrações carismáticas; 6) As acusações de plágio nos escritos de Ellen G. White.


O CONTEÚDO DOS ESTUDOS SOBRE DOUTRINAÇÃO

A elaboração dos estudos doutrinários precisa considerar e rebater as quatros realidades básicas já mensionadas. Evidentemente que Cristo deve permear cada estudo. “Toda verdadeira doutrina tem a Cristo como centro, e todo preceito recebe força das Suas palavras. Mantenha diante das pessoas a cruz do calvário”. (Testimonies for the Church, 6:54).

Os Temas doutrinários podem ser divididos em dois grupos:
1. Tradição evangélico-protestante. (Trindade, Batismo por imersão, Natureza divino-humana de Cristo, Segunda Vinda de Cristo, etc).

2. Doutrinas distintivas da fé adventista. (Mortalidade Natural da alma, A Lei e o Sábado, A Intercessão de Cristo no Santuário Celestial, A Segunda Vinda de Cristo, O Dom Profético).

Se as pessoas não crêem no primeiro grupo de doutrinas, as da tradição evangélico-protestante, elas não podem ser chamadas cristãs; mas se não crêem no segundo grupo, elas não podem ser chamadas adventistas.


NECESSIDADE DO ESTILO DE VIDA

Existem 4 fatores filosófico-comportamentais que geram a necessidade de estudos relacionados ao estilo de vida:

1. Filosofia dicotômica. (O que vale é o sentimento interior não o comportamento exterior. A Bíblia não é ética e sim relacional).

2. Ruptura entre a religião do A.T. e a do N.T. (A ênfase do A.T. está na lei ou nos atos exteriores, e a do N.T. está na graça ou no relacionamento com Cristo, o que hoje desobriga o homem da desobediência. (Mt 5:17; Lc 24:44).

3. Ruptura pós-moderna com os valores absolutos da religião. (É um tipo de “subjetismo existencialista”, ou seja, tudo é relativo e permissível. Assim a religião fica subordinada ao ponto de vista particular de cada um).

4. O aumento no número de membros da IASD que não estão comprometidos com o estilo de vida. (Quando os novos conversos entram para a Igreja sem terem recebido boa base na Bíblia e no Espírito de Profecia, e se relacionam com os membros descomprometidos, são desencaminhados).

Os vários temas relacionados com o estilo de vida podem ser divididos em 3grupos:
Hábitos pessoais. (Estudo da Bíblia, Oração, Alimentação, Observância da Lei e do Sábado, Fidelidade nos Dízimos e Ofertas, Modéstia no vestuário e Adornos).

Comportamento Social do Cristão. (Diversões, Relacionamento com as Autoridades Civis e Eclesiásticas, Relacionamento com a família, Cônjuge, Trabalho, Visinhança, etc.
Ritos da Igreja. (Batismo, Lava-pés, Santa Ceia e o Casamento).

É muito importante que a pessoa que recebe os estudos sobre o estilo de vida seja concientizada de que dentro da Igreja Adventista do Sétimo Dia ela poderá eventualmente encontrar pessoas que não são consistentes com aquilo que aprenderam. O estudante deve ser orientado a não usar tais indivíduos como pretexto de mau comportamento, mas fundamentar sua própria conduta nos princípios de estilo de vida extraídos da Bíblia e dos escritos de Ellen G. White, tidos como normativos pela Igreja Adventista.


Baseado na Tese Doutoral: "Séries de Estudos Bíblicos da Igreja Adventista do Sétimo Dia no Brasil" - Dr. Paulo Cilas da Silva


Pr. Cirilo Gonçalves da Silva
Mestre em Teologia e Evangelista

quinta-feira, 28 de julho de 2011

IGREJA ADVENTISTA NO BRASIL: BREVÍSSIMO RESUMO HISTÓRICO

COMO O EVANGELHO CHEGOU AO BRASIL ATRAVEZ DA IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA? E COMO A IASD COMEÇOU A SER ESTABELECIDA

O trabalho da colportagem teve grande influência na origem da Igreja Adventista do Sétimo Dia no Brasil.

Em 1891, Elwin Winthrop Snyder dirigiu o primeiro grupo de colportores que trabalharam na América do Sul, inicialmente na Argentina e posteriormente no Uruguai e no Brasil. Por influência da literatura adventista, formaram-se várias congregações adventistas do sétimo dia.

Conforme dados históricos, a colportagem entrou no Brasil primeiramente na região de Rio Claro, Piracicaba e cidades circuvisinhas, no Estado de São Paulo.
Segundo a Seventh-Day Adventist Encyclopedia, o Primeiro adventista do sétimo dia a visitar o Brasil foi L. C. Chadwuick, que esteve no Rio de Janeiro, em agosto de 1892.

O primeiro colportor adventista a entrar no Brasil, por designação da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, foi Albert B. Stauffer trabalhou primeiramente em São Paulo e depois no Rio de Janeiro, e nos Estados do Rio Grande do Sul (1894) e Espírito Santo (1895). Ele só vendia livros em inglês e alemão, pois nesse tempo não existia literatura adventista em português.

O primeiro pastor adventista do sétimo dia ordenado a entrar no Brasil foi Frank H. Westphal, em fevereiro de 1895. Ele também realizou, aqui o primeiro batismo, de Guilherme Sttein Jr. em abril de 1895, na cidade de Piracicaba, interior de São Paulo.
Guilherme Stein Jr. conheceu a mensagem adventista estudando sozinho as Escrituras Sagradas.

Os familiares de Guilherme Stein Jr. foram batizados na cidade de Indaiatuba, e organizaram a primeira escola sabatina do Brasil.

Antes de Guilherme Stein Jr., Guilherme Belz, da região de Braunchweig (hoje Gaspar Alto), Santa Catarina, também chegou ao conhecimento da mensagem adventista estudando sozinho a literatura adventista.

Ele se tornou o primeiro brasileiro a reconhecer o sábado como dia de descanso, após a leitura de um papel de embrulho, que conseguira no armazém de Davi Hort em Brusque, Santa Catarina, e do livro Gedanken, Krittisch und Praktisch, über das Buch Daniel (Reflexões, Críticas e Práticas Sobre o Livro de Daniel), de Uriah Smith.

Não foi encontrada, nenhuma série de estudos bíblicos produzida em português no Brasil, nesse período inicial da Igreja. Tudo indica que os primeiros adventistas se preparavam para o batismo mediante o estudo direto da Bíblia ou dos livros de colportagem em inglês e alemão, principalmente do livro Der Grosse Kampf zwischen Licht und Finsternis (O Grande Conflito entre a Luz e as Trevas).

FIXANDO OS DADOS HISTÓRICOS
* Em 1891, Elwin W. Snyder dirigiu o primeiro grupo de colportores na América do Sul.

* Em 1892, L.C. Chadwick se torna o primeiro adventista do sétimo dia a visitar o Brasil. (Agosto, Rio de Janeiro).

* Em 1893, Albert B. Stauffer se torna o primeiro colportor adventista designado pela Associação Geral a entrar no Brasil. (S.P; R.J; R.S; E.S.).

* Em 1895, Frank H. Westphal se torna o primeiro pastor adventista ordenado a entrar no Brasil.

* Em 1895, o pastor Frank H. Westphal batiza o primeiro adventista do sétimo dia no Brasil. (Guilherme Stein Jr., em Piracicaba, S.P., no rio Piracicaba. Era o mês de Abril).

* Em 1895, a família de Guilherme Stein Jr., é batizada e forma a primeira Escola Sabatina do Brasil. (Indaiatuba, S.P.).

* Guilherme Belz da região de Braunchweig (Gaspar Alto), Santa Catarina, foi o primeiro brasileiro a reconhecer o sábado como o dia de guarda, após a leitura de um papel de embrulho, que conseguira no armazém de Davi Hort em Brusque, Santa Catarina.


Pr. Cirilo Gonçalves da Silva
Mestre em Teologia e Evangelista

Twiter: @prcirilo

segunda-feira, 25 de julho de 2011

ESTUDO BÍBLICO - COMO MINISTRAR COM SUCESSO UM CURSO BÍBLICO?

PARA MINISTRAR UM ESTUDO BÍBLICO E TER SUCESSO É IMPORTANTE DESENVOLVER A SEGUINTE ESTRUTURA:

I. INTRODUÇÃO.
1. História, estória ou experiência ilustrativa sobre o assunto.
2. O interesse deve ser despertado com essa introdução


II. CORPO OU TEMA: 7 PASSAGENS BÍBLICAS
1. Use a lógica progressiva: Problema/Solução/Proposta/Apelo.
2. Faça o aluno participar do estudo. Seja criativo.
3. Use ilustrações que venham a esclarecer o assunto.


III. CONCLUSÃO: APRESENTE UMA PASSAGEM OU RELATO DECISIVOS RELACIONADO AO TEMA.
1. Recapitule os pontos altos do estudo.
2. Faça o apelo para o aluno aceitar aquela verdade.
3. Anuncie o próximo estudo.
4. Oração e despedida.


IV. O TEMÁRIO: TRÊS BLOCOS DE TEMAS DEVEM SER ABORDADOS:

1. Temas de Conversão
2. Temas de Doutrinação3. Temas de Estilo de vida


V. RESPONDENDO ÀS OBJEÇÕES:
1. Fazer uma lista das principais e posíveis objeções e estudá-las profundamente até dominá-las. Tal estudo deve ser feito em seu contexto imediato e amplo das Escrituras. Viver estudando e pesquisando é o segredo.

VI. TRÊS COISAS QUE SE DEVE SABER DO ALUNO:

1. É casado (a)?
2. Tem religião? Pesquisar sobre ela.
3. Qual é sua profissão?


VII. COMO APRESENTAR O ESTUDO?
1. Sentido de urgência e clareza.
2. Cristo deve ser o centro de cada estudo.
3. Cada interessado deve ter uma Bíblia de tradução igual.
4. Todos devem participar do estudo
5. Devem-se esclarecer os pontos difíceis do assunto abordado.
6. Leve alguém para atender as crianças se necessário.
7. Deve-se apresentar todas as doutrinas cristocentricamente.
8. Faça fervorosos apelos. Os apelos devem ser: Sutis na oração e introdução; Intenso durante o estudo E. Decisivo na conclusão



Pr. Cirilo Gonçalves da Silva
Mestre em Teologia e Evangelista

sábado, 23 de julho de 2011

JUSTO X PERVERSO - COMPARATIVO

COMPARATIVO JUSTO/RECOMPENSA X PERVERSO/RECOMPENSA PROVERBIOS 10-15


JUSTO/RECOMPENSA


1. “O SENHOR não deixa ter fome o justo” Pv. 10:2

2. “Sobre a cabeça do justo há bênçãos” Pv. 10:6

3. “A memória do justo é abençoada” Pv. 10:7

4. “A boca do justo é manancial de vida” Pv. 10:11

5. “A obra do justo conduz à vida” Pv. 10:16

6. “Prata escolhida é a língua do justo” Pv. 10:20

7. “O anelo dos justos Deus o cumpre” Pv. 10:24

8. “O justo tem perpétuo fundamento” Pv. 10:25

9. “A esperança dos justos é alegria” Pv. 10:28

10. “O justo jamais será abalado” Pv. 10:30

11. “A boca do justo produz sabedoria” Pv. 10:31

12.“Os lábios do justo sabem o que agrada” Pv. 10:32

13. “O justo é libertado da angústia” Pv. 11:8

14. “No bem estar dos justos exulta a cidade” Pv. 11:10

15. “O desejo dos justos tende somente para o bem” Pv. 11:23

16. “Se o justo é punido na terra” Pv. 11:31

17. “Os pensamentos do justo são retos” Pv. 12:5

18. “O justo atenta para a vida dos seus animais” Pv. 12:10

19. “A raiz dos justos produz o seu fruto” Pv. 12:12

20. “Nenhum agravo sobrevirá ao justo” Pv. 12:21

21. “O justo serve de guia para o seu companheiro” Pv. 12:26

22. “O justo aborrece a palavra de mentira” Pv. 13:5

23. A luz dos justos brilha intensamente” Pv.13:9

24. “O justo tem o bastante para satisfazer o seu apetite” Pv. 13:25

25. “O justo ainda morrendo tem esperança” Pv. 14:32

26. “Na casa do justo há grande tesouro” Pv. 15:6

27. “O coração do justo medita o que há de responder” Pv. 15:28

28. “O SENHOR atende à oração do justo” Pv. 15:29


PERVERSO/RECOMPENSA


1. “Mas rechaça a avidez dos perversos” Pv. 10:2

2. “Mas na boca dos perversos mora a violência” Pv. 10:6

3. “Mas o nome dos perversos cai em podridão” Pv. 10:7

4. “Mas na boca dos perversos mora a violência” Pv. 10:11

5. “O rendimento do perverso, ao pecado” Pv. 10:16

6. “Mas o coração dos perversos vale mui pouco” Pv. 10:20

7. “Aquilo que teme o perverso isso lhe sobrevém” Pv. 10:24

8. “Como passa a tempestade, assim desaparece o perverso” Pv. 10:25

9. “Mas a expectação dos perversos perecerá” Pv. 10:28

10. “Mas os perversos não habitarão a terra” Pv. 10:30

11. “Mas a língua da perversidade será desarraigada” Pv. 10:31

12. “Mas a boca dos perversos, somente o mal” Pv. 10:32

13. “O perverso a recebe em seu lugar” Pv. 11:8

14. “Perecendo os perversos, há júbilo” Pv. 11:10

15. “Mas a expectação dos perversos redunda em ira” Pv. 11:23

16. “Quanto mais o perverso e o pecador” Pv. 11:31

17. “Mas os conselhos do perverso, engano” Pv. 12:5

18. “Mas o coração dos perversos é cruel” Pv. 12:10

19. “O perverso quer viver do caçam os maus” Pv. 12:12

20. “Mas os perversos, o mal os apanhará em cheio” Pv. 12:21

21. “Mas o caminho dos perversos os faz errar” Pv. 12:26

22. “Mas o perverso faz vergonha e se desonra” Pv. 13:5

23. “Mas a lâmpada dos perversos se apagará” Pv. 13:9

24. “Mas o estômago dos perversos passa fome” Pv. 13:25

25. “Pela sua malicia é derribado o perverso” Pv. 14:32

26. “Mas na renda dos perversos há perturbação” Pv. 15:6

27. “Mas a boca dos perversos transborda maldades” Pv. 25”28

28. “Mas o SENHOR está longe dos perversos” Pv. 15:29



Pr. Cirilo Gonçalves da Silva
Mestre em Teologia e Evangelista

domingo, 17 de julho de 2011

COMO LER ELLEN WHITE NO SÉCULO XXI

DEZ PRINCÍPIOS IMPORTANTES QUE ESCLARECEM OS ESCRITOS DE ELLEN WHITE:

1.
Concentre-se no assunto principal.

2. Enfatize o que é importante.

3. Estude todas as informações disponíveis sobre o assunto.

4. Evite interpretações extremistas.

5. Tome em consideração tempo e lugar.

6. Estude cada afirmação em seu contexto literal.

7. Reconheça a compreensão de Ellen White sobre o ideal e o real.

8. Use o bom-senso.

9. Descubra os princípios implícitos.

10. Tenha certeza de que isso foi dito por Ellen White.



Baseado em George R. Knight, Adventist World. 22, 23

Pr. Cirilo Gonçalves da Silva
Mestre em Teologia e Evangelista

segunda-feira, 4 de julho de 2011

10 DICAS PARA VOCÊ ENFRENTAR MELHOR O MEDO DE FALAR EM PÚBLICO

10 SUPER DICAS PARA VOCÊ ENFRENTAR MELHOR O MEDO DE FALAR EM PÚBLICO:
1) Saiba exatamente o que vai dizer no início, quase palavra por palavra.

2) Leve sempre um roteiro escrito com os principais passos da apresentação. Você se sentirá mais seguro com ele.

3) Se tiver de ler, imprima o texto em um cartão grosso. Assim, se as suas mãos tremerem um pouco, o público não perceberá e você ficará mais tranqüilo.

4) Ao chegar diante do público, não tenha pressa para começar. Respire o mais tranqüilamente que puder, acerte devagar a altura do microfone, olhe para todos os lados da platéia e comece a falar mais lentamente e com volume de voz mais baixo. Assim, não demonstrará a instabilidade emocional para o público.

5) No início, quando o desconforto de ficar na frente do público é maior, se houver uma mesa diretora, cumprimente cada um dos componentes com calma. Desta forma, ganhará tempo para superar os momentos iniciais tão difíceis.

6) Antes de falar, quando já estiver no ambiente, não fique pensando no que vai dizer; preste atenção no que as outras pessoas estão fazendo e tente se distrair um pouco.

7) Se estiver muito nervoso, deixe as mãos apoiadas sobre a mesa ou a tribuna até ficar mais calmo.

8) Antes da apresentação, treine com os colegas de trabalho ou pessoas próximas. Lembre-se de exercitar respostas para possíveis perguntas ou objeções. Assim, não se surpreenderá diante do público.

9) Se der o branco, não se desespere. Diga: na verdade o que eu quero dizer é... esta frase permitirá que reconte a informação por outro ângulo. Se este recurso falhar, diga aos ouvintes que mais à frente voltará ao assunto.

10) Todas essas recomendações ajudam no momento de falar, mas nada substitui uma consistente preparação. Use sempre todo o tempo de que dispõe.


Livro: “Super Dicas para Falar Bem em Conversas e Apresentações”
Autor: Reinaldo Polito



Pr. Cirilo Gonçalves da Silva
Mestre em Teologia e Evangelista

A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA PROFECIA

IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA PROFECIA
TEXTOS DO ESPÍRITO DE PROFECIA.

1.
“Esta revelação foi dada para guia e conforto da Igreja através da dispensação cristã.” (A.A. 583)

2. “No Apocalipse são pintadas as coisas profundas de Deus”. (A.A 584)

3. “Deve haver estudo mais acurado e mais diligente do Apocalipse, e apresentação mais fervorosa das verdades que contém – verdades que concernem a todos quantos vivem nestes últimos dias”. (Ev. 197).

4. “As solenes mensagens que foram dadas, em sua ordem, no Apocalipse, devem ocupar o primeiro lugar no espírito do povo de Deus. Não devemos deixar que qualquer outra coisa nos domine a atenção”. (3Ts. 279).

5. “Foram reveladas a João cenas de profundo e palpitante interesse na experiência da Igreja… Assuntos de vasta importância lhe foram desvendados, especialmente para a última Igreja, a fim de que os que volvessem do erro para a verdade pudessem ser instruídos em relação aos perigos e conflitos que diante deles estariam”. (GC. 369)

6. “À medida em que nos aproximamos do fim da história deste mundo, as profecias referentes aos últimos dias exigem nosso estudo especial. O último dos escritos do Novo Testamento está cheio de verdades cuja compreensão nos é necessária. Satanás cegou as mentes, de modo que se satisfazem com qualquer desculpa para não estudarem o Apocalipse”. (P.J. 133)

7. “Uma coisa compreender-se-a certamente do estudo do Apocalipse – que a ligação entre Deus e Seu povo é íntima e decidida. Maravilhosa ligação é vista entre o universo do Céu e este mundo”. (T.M. 112-118).

8. “Quando nós, como um povo, compreendermos o que este livro (Apocalipse) para nós significa, ver-se-a entre nós grande reavivamento”. (T.M 112-118).

Pr. Cirilo Gonçalves da Silva
Mestre em Teologia e Evangelista